NOVIDADES

03/12/18

Grafologia e disgrafia



Escrita de adolescente com 14 anos, desinteressado 
pela escola, algo violento e com variações de humor.
.A escrita é um ato, simultaneamente, neurológico, percetivo e motor. A capacidade para  escrever pressupõe, portanto, uma coordenação funcional dos membros superiores, o que implica o desenvolvimento das capacidades motora e motora fina, visual, espacial e linguística.
 Ambos os hemisférios intervêm na realização do ato gráfico. Todavia é sabido que o hemisfério esquerdo predomina sobre o direito, como se pode constatar na preferência da mão direita pela quase totalidade dos escreventes.

Uma das perturbações de tipo funcional da escrita é a disgrafia, que ocorre com alguma frequência no início da fase de aprendizagem, sem implicar lesões cerebrais ou problemas sensoriais. Ela consiste na dificuldade de execução gráfica, na perceção incorreta das formas e da dimensão das letras, das palavras e dos algarismos e na incorreta orientação espacial. A disgrafia não é problema apenas das crianças, mas também dos adultos. Os estudos efetuados provam que a percentagem de indivíduos com disgrafia é mais elevada no sexo masculino do que no feminino.
O escrevente com disgrafia  faz muito maior esforço para escrever  do que os não disgráficos.  A sua escrita costuma apresentar linhas flutuantes, espaços e margens irregulares, formas imperfeitas das letras  e com dimensões irregulares, erros ortográficos, pressão irregular, ritmo alterado, rasuras e interrupções do traçado, inversões de sentido do movimento gráfico, a pontuação descuidada e inclinação variável.
 A disgrafia distingue-se, também,  pela fraca qualidade da letra, pela insuficiente legibilidade, pela demasiada lentidão. Não se deve confundir com a chamada “letra feia”.
Ela distingue-se da dislexia e da disortografia, mas está com estas relacionada.
                Afonso Sousa

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