A biometria aplicada
à escrita permite a identificação do autor de determinada escrita ou
assinatura, servindo-se da captação e da análise de caraterísticas individuais únicas,
deixadas sobre o suporte eletrónico.
Esta
aplicação constitui um avanço na descoberta da falsificação de documentos
manuscritos.
O grafólogo,
servindo-se de um suporte monitorizado por um apropriado software, consegue observar
e comparar, quantitativa e estatisticamente, determinados parâmetros
fundamentais de identificação da simulação ou falsificação. Para que a perícia possa
ser realizada com sucesso, a escrita terá que ser lavrada, previamente, sobre o
referido suporte eletrónico.
O ritmo
biodinâmico do cada escrevente, expresso através da motricidade fina, permite
expressar, sob a forma de gráfico, as caraterísticas dos movimentos grafismos,
tais como a aceleração ou abrandamento, a tensão ou pressão exercida, o tempo
de execução, a angulosidade ou curvatura, a direção da linha de base, a
dimensão e o grau de ligação e movimentos aéreos.
À semelhança
do que sucede em outras ciências, como na medicina, a utilização da tecnologia
na análise da escrita permite uma maior discriminação e precisão nos resultados
do que os meios tradicionais. O ritmo da escrita é apresentado no hardware, assim
como o ritmo cardíaco se apresenta no eletrocardiograma.
As sequências
de algoritmos ficam ausentes de ambiguidade desde que estejam corretamente
implementados, deem os passos específicos e segundo determinada ordem. A exatidão
dos resultados pode ser comprovada matematicamente.
Porém,
devido à complexidade e variabilidade da mente, do sistema nervoso e do
comportamento humanos, exige-se uma redobrada atenção, aquando da recolha de
dados, do seu tratamento e armazenamento.
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