A afirmação constante no enunciado “B” é uma imitação
grosseira da afirmação “A”.
O falsificador “B” não conseguiu captar o ritmo da escrita “A”,
pecando por lentidão, tremor, paragens e faltas de ligação.
O traçado “B” é mais monótono e a pressão apresenta pouca diferenciação
entre os movimentos descendentes e os ascendentes.
Enquanto as hastes literais do enunciado autógrafo “A” se
inclinam ligeiramente para a esquerda, no enunciado contestado “B”, a
inclinação é variável.
O imitador/falsificador terá sentido dificuldade em se
adaptar a uma escrita com caraterísticas muito diferentes das da sua.
Os traços verticais da escrita autógrafa “A” são bem
marcados, revelando a tendência do autor para pressionar mais acentuadamente os
movimentos de contração e reduzir ao mínimo os de extensão. Este facto é
comprovado pela presença de constantes movimentos aéreos que não se observam na
escrita suspeita.
O bucle na parte superior da consoante “l”, em forma de
vela, na frase autógrafa, difere bastante do bucle da frase suspeita que se
encontra mais arredondado, inclinado para a direita e que fora realizado com
maior lentidão.
A barra da letra “t” na escrita “A” é muito mais leve do que
em “B”. Quando o autor da escrita “B” pretende imitar a rapidez com que foi
executada a barra da escrita “A”, ligando a haste e a letra seguinte, o que
resulta é uma prova de falsa velocidade. Pois um movimento rápido não se perde
em formas angulosas nem em ziguezagues.
Na hipótese de se tratar de uma auto-imitação ou auto-falsificação,
o autor teria, com certeza, deixado algumas marcas por disfarçar, porque tem um
estilo muito próprio e inconfundível.
Depois de observação ao microscópio destas e doutras
diferenças, pericialmente muito significativas, pode afirmar-se que os dois
enunciados não se correspondem e que, muito provavelmente, terão sido escritos
por pessoas diferentes.
https://www.facebook.com/afonso.sousa.370
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