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03/12/15

Ritmo da Escrita



O ritmo da poesia, da música e da fala varia de acordo com a expressividade biopsicológica do seu autor. O modo de caminhar e de correr são distintos de umas pessoas para as outras. A linguagem gráfica é, também, caraterizada pelo ritmo. Por este facto, o ritmo da escrita expressa a individualidade do sujeito escrevente.

A escrita rítmica pressupõe criatividade e uma certa desigualdade de forma, de tamanho e de pressão. O ritmo não se confunde com o movimento grafoescritural “mecanizado” ou monótono, em que as letras e as palavras surgem sempre certinhas.

Os diferentes géneros ou subgéneros oscilam ligeira e harmoniosamente ao longo do traçado, num ambiente gráfico positivo, difícil de quantificar, porque resultam de impulsos complexos da personalidade do seu autor.

A analogia estabelecida entre o ritmo vital e a atividade grafomotora permite distinguir duas escritas diferentes ou caraterizar, psicologicamente, os seus autores. Somente, em situações patológicas é que o ritmo do fio de tinta não espelha o biorritmo endógeno do escrevente.


O ritmo da escrita manual assemelha-se mais ao das ondas do mar, calmas ou agitadas, do que a oscilações pendulares, periódicas, precisas e monótonas. E a complexidade da mente humana faz com que determinado grafismo deva ser apreciado como um todo complexo e dinâmico. No entanto, o ritmo adquiriu, recentemente, um importante papel na perícia da escrita manual.

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