NOVIDADES

27/08/13

Desenvolvimento da escrita




1º Imitação

Menina de 7 anos, 1.º ano de escolaridade, mês de junho. Letras grandes e coladas, com dificuldade em traçar as mais difíceis.






A criança aos 7 anos entra no mundo do adulto através da aprendizagem da escrita, de um modo emocional e racional, que lhe abre um universo ainda desconhecido.

Os carateres são justapostos horizontalmente uns a seguir aos outros, formando palavras com determinado sentido.

A realização dos minúsculos gestos com o instrumento gráfico desenvolve a psicomotricidade (motricidade fina).

Ao desenhar, sucessivamente, as formas das letras na folha de papel vai desenvolvendo os conceitos de movimento, de espaço e de tempo.





2º Interiorização

Menina de 9 anos, 3.º ano de escolaridade. Liga algumas letras e coordena melhor os movimentos.


 


A criança sabe comparar e relativizar. As letras adquirem um valor distintivo. O significado dos vocábulos não provém da autoridade do professor mas da forma e da posição que os carateres ocupam dentro da palavra. Cada palavra é integrada no sentido global da frase.

As normas são respeitadas, porque permitem a inteligibilidade do texto.

As regras são, igualmente, uma necessidade para a convivência no grupo.



3º Contestação

Menina de 15 anos, 7º ano de escolaridade. Abandona o modelo caligráfico e as letras surgem adossadas ou separadas.





O pensamento da criança torna-se mais abstrato, distanciando-se das concretizações apreendidas.
As letras perdem a carga afetiva e sofrem modificações.

A criança contesta a autoridade e questiona o modelo ensinado pelo professor, iniciando um estilo próprio, inspirado num familiar ou num amigo com quem se identifica.
 
 
 
4º Personalização

Professora, 50 anos. Escrita com traços personalizados, revelando alguma reserva e de determinadas etiquetas.

 


As transformações psicofísicas da adolescência levaram à experimentação de novas formas e de diferentes movimentos.

A necessidade de autonomia abriu caminho ao desenvolvimento de um modelo pessoal com o qual o escrevente se identifica, resultando uma escrita personalizada com sinais próprios e com significado psicológico específico.

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