Temos dois textos, com duas estruturas
gráficas diferentes quanto ao ritmo. Foram escritos por dois indivíduos com
personalidades diversas. O texto “A” pertence a uma senhora com mais de 70 anos
e o texto “B”, a um médico, com cerca de 50 anos.
O texto “A” é mais vulgar,
apresentando perturbações quanto ao movimento, à forma e ao espaço. As formas
triangulares perturbam o espaço gráfico. A insegurança dos grandes traços
iniciais contrasta com a tendência impositiva dos golpes de sabre da barra dos “tt”.
A arritmia grafoescritural é um
provável sintoma de disfunção psicofísica ocasional ou permanente ou é indício
de uma falsificação da escrita.
Revela algum desequilíbrio entre imaginação
e realidade, entre a autoimagem e os valores
O texto “B” é ritmado, nem se
apresentado demasiado lento nem precipitado. Os carateres, as palavras e os
espaços são harmoniosos, desiguais, mas proporcionais. O movimento gráfico não
aparece quebrado sistematicamente, nem se apresenta demasiado contínuo. Não se
verificam prolongamentos desconformes. A pressão é moderada. A inclinação não é
rígida.
Este tipo de equilíbrio grafoescritural
é denominado “ritmo” por Klages, “desigualdade metódica” por Moretti, “harmonia”
por Crepiéux.
O ritmo da escrita, como sucede
em muitos outros comportamentos humanos, está relacionado com o fluxo e refluxo
espontâneos do dinamismo vital. Sendo uma espécie de melodia criada pela palpitação
e vibração neuropsíquicas, não se confunde com um compasso mecânico.
Não é fácil medir com exatidão o ritmo
grafoescritural. Uma das sugestões para avaliar o ritmo é observar a presença
ou ausência de excessos. Qualquer sinal desmedido diminui o equilíbrio e a
espontaneidade da escrita. Qualquer descomedimento, por não ser natural, reduz
a harmonia do traçado e, consequentemente, o seu ritmo.
A escrita arrítmica carece de
equilíbrio estético, devido a distorções globais ou parciais quanto à forma,
dimensão, pressão e organização do traçado.
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