Em 1894, Madame Bastian, espia
dos serviços secretos franceses, trabalhava como empregada doméstica na
embaixada alemã, em Paris. Enquanto procedia à remoção do lixo no cesto dos
papéis, encontrou pedaços de uma carta anónima (le bordereau), com
informações importantes sobre o exército francês. Madame Bastian entregou os
fragmentos descobertos aos serviços secretos franceses. O Ministério da Guerra contratou
Paty De Clam e o coronel D`Aboville, grafólogos
amadores, para que averiguassem a autoria da missiva.
Alfred Dreyfus, oficial do
exército francês, de origem judaica, foi considerado o principal suspeito e
condenado a prisão perpétua.
Três anos mais tarde, o irmão de
Dreyfus soube que o verdadeiro autor foi Charles Esterhazy, oficial do
estado-maior do exército. Ocorreu um segundo julgamento, mas a sentença não foi
alterada. Em 13 de janeiro de 1898, Émile Zola, escandalizado com a injustiça,
escreveu uma carta aberta, intitulada J`Acuse,
ao presidente da república, publicada no jornal republicano L`Aurore.
A polémica foi enorme e dividiu a França entre sionistas e antissemitas.
Em 1906, uma perícia estatístico-grafológica,
realizada pelo matemático Henri Poincaré, atribuiu a autoria da carta a Esterhazy.
Este, protegido pelas cúpulas militares, não pagou, devidamente, pela sua
traição ao exército.
Dreyfus foi inocentado, mas nunca foi
restabelecido totalmente na sua carreira militar
Outros casos: https://www.facebook.com/CentroGrafologiaDocumentospiaForense?ref=hl
Outros casos: https://www.facebook.com/CentroGrafologiaDocumentospiaForense?ref=hl
Sem comentários:
Enviar um comentário