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09/05/13

Falsificação de documentos: os falsos diários de Hitler

A revista alemã Der Stern por intermédio de Heidemann comprou, por 10 milhões de marcos, vários volumes de supostos diários secretos de Hitler que teriam sido recuperados entre os destroços de um avião, num acidente aéreo em Börnersdorf e que cobriam o período entre 1932 e 1945.
Com a compra deste "importante" achado, Heidemann julgava conseguir uma grande fortuna. Para o efeito, solicitou a opinião dos historiadores Hugh Trever-Roper e   Gerhard L. Weinberg, espertos em História da Segunda Guerra Mundial, que, num exame superficial,  consideraram os documentos autênticos.
Vários meios de comunicação colocaram muitas reservas à autenticidade dos “Diários” (62 volumes), uma vez que Hitler era pouco dado à escrita e, nos últimos anos, tremia muito.
Em 1983, Der Stern publicou alguns extratos dos documentos adquiridos e revelou a história da descoberta que despertou um enorme interesse nos principais meios de comunicação internacionais.
Weinberg pediu à Stern que fosse realizada uma perícia forense aos supostos “Diários”. Um grupo de especialistas do Arquivo Federal do Serviço Federal de Investigações e do Departamento de Análise de Materiais verificou que o papel, a tinta, a cola e a capa de encadernação em que os documentos estavam impressos teriam sido fabricados em data posterior à morte de Hitler. O grafólogo estadunidense, Charles Hamilton, também concluiu que se tratava de uma falsificação grosseira. O autor dos “Diários” baseara-se no livro “Hitler: Discursos e Proclamações 1832-1945”, de Max Domarus, e transmitira uma imagem benévola de Hitler que contradizia a realidade manifesta nos crimes cometidos pelo ditador.
Descoberta a fraude, Konrad Kujau, especialista em falsificações, confessou a autoria dos “Diários” e foi condenado a quatro anos e meio de prisão, juntamente com o periodista Heidemann.
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