A revista alemã Der
Stern por intermédio de Heidemann
comprou, por 10 milhões de marcos, vários volumes de supostos diários secretos
de Hitler que teriam sido recuperados entre os destroços de um avião, num
acidente aéreo em Börnersdorf e que cobriam o período entre 1932 e 1945.
Com a compra deste "importante" achado, Heidemann julgava
conseguir uma grande fortuna. Para o efeito, solicitou a opinião dos historiadores Hugh Trever-Roper e Gerhard L.
Weinberg, espertos em História da Segunda Guerra Mundial, que, num exame
superficial, consideraram os documentos
autênticos.
Vários meios de comunicação colocaram muitas reservas à
autenticidade dos “Diários” (62 volumes), uma vez que Hitler era pouco dado à
escrita e, nos últimos anos, tremia muito.
Em 1983, Der Stern
publicou alguns extratos dos documentos adquiridos e revelou a história da
descoberta que despertou um enorme interesse nos principais meios de
comunicação internacionais.
Weinberg pediu à Stern que fosse realizada uma
perícia forense aos supostos “Diários”. Um grupo de especialistas do Arquivo
Federal do Serviço Federal de Investigações e do Departamento de Análise de
Materiais verificou que o papel, a tinta, a cola e a capa de encadernação em
que os documentos estavam impressos teriam sido fabricados em data posterior à morte
de Hitler. O grafólogo estadunidense, Charles Hamilton, também concluiu que se
tratava de uma falsificação grosseira. O autor dos “Diários” baseara-se no livro
“Hitler: Discursos e Proclamações 1832-1945”, de Max Domarus, e transmitira uma
imagem benévola de Hitler que contradizia a realidade manifesta nos crimes
cometidos pelo ditador.
Descoberta a fraude, Konrad Kujau, especialista em
falsificações, confessou a autoria dos “Diários” e foi condenado a quatro anos
e meio de prisão, juntamente com o periodista
Heidemann.
https://www.facebook.com/CentroGrafologiaDocumentospiaForense?ref=hl
https://www.facebook.com/CentroGrafologiaDocumentospiaForense?ref=hl
Sem comentários:
Enviar um comentário