O perito em documentoscopia serve-se de vários tipos de luz
para fazer as suas análises.
Espetro visual total
De modo geral, utiliza a luz branca (luz natural), no espetro humanamente
visível, no comprimento de onda entre 350 e 780 nanómetros. A sensibilidade do
olho humano é máxima no espetro de onda à volta 550 nanómetros (laranja e amarelo).
Abaixo
deste limite, recorre à luz ultravioleta ou lâmpada de Wood, com o comprimento
de onda menor que 380 nm.
A radiação
das ondas electromagnéticas é usada para o controlo de documentos, a fim de
analisar o brilho do papel, as tintas fluorescentes e outras manipulações
fraudulentas. A luz ultravioleta
em si não é visível, apenas pode ser observado o seu efeito, ou seja, a
fluorescência.
Acima deste limite, é utilizada a luz infravermelha com o comprimento
de onda entre 700 e 1400 nm, detetanto tintas diferentes na escrita, alterações
de dados e a pressão.
Os vários tipos de luz apresentam uma incidência episcópica ou
diascópica.
A luz episcópica
ou refletida incide sobre a amostra do lado do observador, pode ser vertical, rasante,
oblíqua, unilateral ou bilateral.
A luz rasante permitiu evidenciar o relevo no verso da folha
A luz rasante,
quase paralela ao plano, faz ressaltar sulcos, sombreamentos e relevos do
traçado.
A luz diascópica ou contraluz incide sobre a amostra do lado
oposto ao do observador e pode ser, também, projetada de vários ângulos. Não é
aconselhável para objetos opacos.
Em cada situação, o perito saberá escolher a luz mais
apropriada para relevar os elementos fraudulentos.
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