A propósito dos 433 comentários feitos ao artigo sobre a rubrica. É um
número demasiado significativo para que deixe de voltar a responder a todos leitores
interessados neste tema. Trata-se do reconhecimento da importância da imagem
que a nossa escrita, mais precisamente a rubrica, transmite de nós próprios aos
outros.
São leitores de diferentes profissões, idades, sexos ou níveis sociais.
A preocupação com a própria imagem é legítima. O modo como nos apresentamos
perante a sociedade não é indiferente para a criação do conceito que os outros desenvolvem
sobre nós. À mulher de César não basta ser honesta, é necessário parecê-lo. As pessoas veem mais facilmente o que está perante
os seus olhos do que o interior, veem melhor as aparências do que a realidade.
Tudo isto para deduzir que é lícita a preocupação com a própria rubrica,
como é lícito vestir-se e arranjar-se bem. Evidenciar os dotes e qualidades que
cada qual possui é uma atitude positiva.
Voltando, de novo, à questão da rubrica. Entende-se, normalmente, por
rubrica qualquer traçado que completa a assinatura ou se apresenta isoladamente.
Ou seja, uma rubrica não é formada por letras legíveis, mas é constituída por rabiscos
ou gatafunhos.

Assinatura, com predominio do gesto curvo, da princesa Diana
Os seus gestos redondinhos poderão significar amabilidade e os traços angulosos, precisão e rigidez. Mas uns e outros são necessários, porque nós próprios somos diferentes uns dos outros e assumimos diferentes papéis na sociedade.

Todavia, a rubrica mais simples e a mais singela será sinal de maior equilíbrio
do que outra espampanante e espalhafatosa, mas nada disto se pode afirmar fora
do contexto grafoescritural.
Assinatura excêntrica de Michael Jackson
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