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30/06/12

Comentários sobre a rubrica


A propósito dos 433 comentários feitos ao artigo sobre a rubrica. É um número demasiado significativo para que deixe de voltar a responder a todos leitores interessados neste tema. Trata-se do reconhecimento da importância da imagem que a nossa escrita, mais precisamente a rubrica, transmite de nós próprios aos outros.
São leitores de diferentes profissões, idades, sexos ou níveis sociais. A preocupação com a própria imagem é legítima. O modo como nos apresentamos perante a sociedade não é indiferente para a criação do conceito que os outros desenvolvem sobre nós. À mulher de César não basta ser honesta, é necessário parecê-lo.  As pessoas veem mais facilmente o que está perante os seus olhos do que o interior, veem melhor as aparências do que a realidade.
Tudo isto para deduzir que é lícita a preocupação com a própria rubrica, como é lícito vestir-se e arranjar-se bem. Evidenciar os dotes e qualidades que cada qual possui é uma atitude positiva.
Voltando, de novo, à questão da rubrica. Entende-se, normalmente, por rubrica qualquer traçado que completa a assinatura ou se apresenta isoladamente. Ou seja, uma rubrica não é formada por letras legíveis, mas é constituída por rabiscos ou gatafunhos.
Cada pessoa tem a sua própria rubrica, como tem o próprio modo de andar, de comer, de rir e de vestir. A melhor atitude é a mais natural. O que é feito por nós tem mais valor que o que é copiado. Um original, por mais fraco que pareça, é sempre melhor do que uma cópia. Os pedidos que os leitores me fazem para os ajudar a criar ou a alterar a própria rubrica, como se eu fosse assessor da sua imagem gráfica, são legítimos. Mas eu digo e repito que não existem rubricas feias nem desinteressantes, como não há escritas más ou escritas boas.  

 Assinatura, com predominio do gesto curvo, da princesa Diana
                                                                  
  Os seus gestos redondinhos poderão significar amabilidade e os traços angulosos, precisão e rigidez. Mas uns e outros são necessários, porque nós próprios somos diferentes uns dos outros e assumimos diferentes papéis na sociedade.                 

Todavia, a rubrica mais simples e a mais singela será sinal de maior equilíbrio do que outra espampanante e espalhafatosa, mas nada disto se pode afirmar fora do contexto grafoescritural.


Assinatura excêntrica de Michael Jackson

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