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07/01/12

Instrumentos da escrita manual

. Um pouco de história

A escrita é uma das mais importantes descobertas do homem. No entanto, para a realizar são necessários, além do suporte, instrumentos apropriados.
Na escrita cuneiforme dos babilónicos eram utilizados pedaços pontiagudos de madeira ou ossos para marcar, permanentemente, os carateres nos blocos de argila. E os egípcios usavam materiais idênticos, que molhavam em tinta, para escreverem sobre o papiro.

Durante mais de um milénio, a pena tornou-se o principal utensílio da escrita. No século VI, Santo Isidoro de Sevilha já se refere à preferência por penas de ganso, de cisne e de pato, que eram preferidas em detrimento das de outras aves por causa da espessura da cânula. As penas eram afiadas em bisel e ligeiramente perfuradas para que a tinta saísse compassadamente.

Nas idades média e moderna, a pena torna-se símbolo de cultura e distinção inteletual. Retratos de pessoas ilustres aparecem com a pena na mão.

As canetas de pena eram ainda usadas em pleno século XVIII e com elas foi escrita e assinada a Constituição dos Estados Unidos.

No século XVIII, surgem novos instrumentos como o lápis e a caneta de aparo que também tinha a designação de “pena”.

A caneta é formada por uma haste em madeira ou metal, com um acessório metálico na ponta para encaixar aparos de diferentes modelos e espessuras, aparecendo alguns com reservatório de tinta.

Com o desenvolvimento, no século XVIII, em Inglaterra, da caneta de tinta permanente, com reservatório próprio, não deixou de ser necessário estar frequentemente a molhar a caneta na tinta.

No século XVI, aparece na Grâ-Bretanha, o primeiro registo do uso de grafite nas minas dos lápis. O lápis é outro instrumento consiste num estilete de grafite sob a forma de vareta que se introduz numa tira de madeira perfurada. A grafite é um material de cor negra e com fraca dureza. Com a junção de elementos corantes, fabricam-se lápis de cor. Em 1936, foi fundada em Portugal, a fábrica de lápis “Viarco”. Os lápis têm, normalmente, forma hexagonal para não rodarem.

Em 1822, John Isaac Hawkins e Sampson Mordan inventam a lapiseira, substituindo-se a madeira por metal. Com base num mecanismo de alimentação e duma mola, as minas são empurradas para a superfície, quando se pretende escrever.

Ulteriormente, surgem novos tipos de lapiseiras, com um calibre mais fino, que não necessitam de ser afiadas.

Em 1943, o jornalista húngaro László Biró patenteou a caneta esferográfica. A patente foi comprada pelo barão francês Marcel Bich, cuja firma BIC lidera o mercado mundial de esferográficas. A esferográfica  é um tipo de caneta em que a tinta humedece uma esfera rolante que desliza sobre a superfície do papel.


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