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30/07/11

A arte da escrita


Extrato duma carta escrita com o pé
Os artistas deficientes manuais não deixam de escrever por falta de uma das mãos ou, mesmo, das duas. Alguns escrevem com uma perfeição igual ou mesmo superior à dos seus semelhantes que não possuem qualquer lesão nos membros superiores.

E aqueles indivíduos que, por qualquer motivo, perderam ou deixaram de poder utilizar as mãos para escrever, podem reconhecer-se, de igual modo, na sua escrita. Esta manterá os traços fundamentais de outrora, porque a escrita é, sobretudo,um ato mental. Os membros ou órgãos são diferentes, mas a pessoa é a mesma. É quase como se mudássemos de instrumento da escrita, se trocássemos o lápis pela esferográfica.

O perito da escrita manual ou o perito grafopsicológico, em contacto com textos escritos nas duas situações, conseguem identificar o seu autor e constatar a permanência de determinadas tendências da sua personalidade.

A amostra realizada por uma senhora deficiente da Sociedade de Artistas Deficientes Manuais faz inveja a muitos escreventes sem qualquer lesão física. A ordem e a perfeição da forma, desta carta escrita com o pé, manifestam uma excelente adaptação física e boas qualidades psicológicas.

A minúcia dos pequenos gestos, com detalhes minuciosos, desta grande artista, também exímia a bordar, a tricotar e a pintar, revelam espírito de observação e de análise, curiosidade e intuição.

A capacidade intelectual e a experiência adquirida ajudaram a desenvolver  as habilidades motoras finas nos membros inferiores desta senhora que pode servir de exemplo e de motivação para tantas outras pessoas.

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