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Artista surrealista e extravagante, de caráter excêntrico e anarquista, possuidor duma linguagem onírica e simbólica.
Pintou mais de milhar e meio de
quadros com figuras estranhas.
Numa mistura de motivos que só
existiam na sua fértil imaginação, o espetador tem que desvendar as constantes
conotações da sua obra interpenetrada de objetos psicanalíticos.
As fraquezas tornam-se forças e
torrentes de impulsos tornam-no inconformista, parecendo semear o caos cósmico
povoado por entes desconformes.
A Tentação de S. António
Os vários géneros e subgéneros da
escrita de Dali variam constantemente. Mas a originalidade é desconcertante. Surgem
letras simplesmente esboçadas e outras bem desenhadas. O modo como ocupa o
espaço da página parece caótico. Há letras que ocupam, por si só, mais espaço
do que palavras inteiras. Não se verifica nenhum alinhamento nas margens da
folha. A dimensão dos carateres não obedece a nenhum critério de
proporcionalidade: umas vezes minúsculos, quase invisíveis, e outras grandes.
As maiúsculas exageradamente elevadas e a pressão forte e irregular manifestam
uma potência vital impulsiva e inconstante. O génio rebusca, no próprio
inconsciente, o ímpeto ingénuo que o leva a destacar-se dos demais.
Os traços iniciais e finais das
letras, ora se prolongam desmedidamente, ora se tornam como que inibidos. As
formas angulosas misturam-se com espirais. A ligação varia imenso, encontrando-se
palavras com todas as letras desligadas e palavras ligadas entre si.
Este texto poderia ser
encaixilhado como uma das telas de Dali, porque também ele revela como as suas
obras o predomínio do irracional, a oposição à norma, a deformação da
realidade, a turbulência do traçado, as formas fragmentadas e uma meticulosidade
desconcertante.
https://www.facebook.com/CentroGrafologiaDocumentospiaForense?ref=hl
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