Teresa Sánchez de Cepeda y Ahumada, oriunda
de uma família da baixa nobreza, nasceu
em 28 de março de 1515, em Gotarrendura, província de Ávila, Espanha.

Fundou vários conventos das
irmãs religiosas descalças onde predominava a extrema pobreza e uma vida inteira de quase
perpétuo silêncio.
Faleceu
em 4 de Outubro de 1582, em Alba de Tormes, na província de Salamanca. Mais
conhecida por Santa Teresa de Ávila ou Santa Teresa de Jesus, ficou famosa pela
reforma que realizou na Ordem dos Carmelitas e pelas suas obras místicas. O
Papa Paulo VI proclamou-a Doutora da
Igreja.
A análise
sucinta deste extrato manuscrito não tem por objetivo a elaboração de um estudo
profundo da Santa, mas, apenas, a colocação em evidência de algumas tendências ou caraterísticas
gerais da sua personalidade.
Este grafismo difere da escrita chamada “bastarda espanhola” e de
outros manuscritos ou modelos paleográficos do século XVI, em que a tendência
era a imitação da escrita dos mestres.

Teresa
de Jesus (assim assinava a Santa) foge ao pendor caligráfico da época e concilia o aspeto funcional do
grafismo (a legibilidade) com a liberdade de personalizar a forma (originalidade), sem cometer os
excessos próprios de outros manuscritos contemporâneos.
Observando,
de modo genérico, estes e outros parâmetros da escrita, pode concluir-se que
Teresa era disciplinada, corajosa, constante, agressiva, combativa, dinâmica e rigorosa.
Detentora de sólido espírito de decisão, manifestava-se coerente consigo
própria e em relação aos outros. Intuitiva e criativa, era dotada de grande agilidade
mental. De caráter firme e impulsivo, apresentava-se, temperamentalmente, enérgica.
Apesar de conseguir um bom autodomínio, era vibrante e inquieta, manifestando
tendência para uma acentuada sensibilidade artística.
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