NOVIDADES

19/12/11

Velocidade da escrita versus velocidade da leitura (continuação)


Interpretação e ilustração dos resultados


Distribui os indivíduos por quatro escalões, de acordo com os resultados alcançados aquando da realização dos testes de velocidade de escrita:

·       o 1º escalão é formado  pelos indivíduos que fizeram entre 81 e 100  letras por minuto;

·       o 2º escalão é formado pelos indivíduos que fizeram entre 101 e 120 letras por minuto;

·       o 3º escalão é formado pelos indivíduos que fizeram entre 121 e 140 letras por minuto;

·       o 4º escalão é formado pelos indivíduos que fizeram entre 141 e 160 letras por minuto.



Os escalões da velocidade de leitura são encontrados em correspondência com os da velocidade da escrita. Por exemplo: a quantidade de sílabas lidas por cada indivíduo que escreveu entre 81 e 100 letras por minuto é colocada no 1º escalão da velocidade de escrita; a quantidade de sílabas lidas por cada indivíduo que escreveu entre 101 e 120 letras por minuto é colocada no 2º escalão da velocidade de escrita; e assim sucessivamente.

Se, no final, se verificar que a média das sílabas lidas por minuto aumenta gradual e proporcionalmente à média das letras escritas por minuto, pode deduzir-se que existe uma correlação evolutiva entre a escrita e a leitura.

Figura A – Quadro comparativo da velocidade da escrita e da leitura



No quadro da Figura A, podemos ver a quantidade de letras escritas por minuto, os respetivos escalões e a correspondente quantidade de sílabas lidas.

No final de cada coluna, observamos as médias alcançadas por cada escalão: as médias da escrita estão a cor preta e as médias da leitura estão a cor vermelha.

Em relação à media geral da escrita e da leitura, os indivíduos testados são capazes de ler, praticamente, duas vezes mais sílabas do que de escrever  letras.  Por minuto, conseguiram fazer uma média de 127,8 letras e ler 253,2 sílabas.

Um aluno não quis ler, dando a justificação que lia muito devagar, o que, de facto, correspondia à verdade. Depois, confirmei que este indivíduo, também na escrita, fizera apenas 64 letras por minuto, número bastante abaixo da média.

Entre os 57 indivíduos estudados, houve, apenas, um que fez 168 letras por minuto e leu 314 sílabas. Um único caso não faz regra nem justifica a criação dum 5º escalão, mas serve para confirmar a dependência e relação entre o desenvolvimento da velocidade da escrita e da velocidade da leitura.

Observei, também, o sucesso escolar dos alunos e verifiquei que os bons resultados a Português correspondiam a maior velocidade de leitura.

 Um aluno, que confessara ter lido muitos livros, encontrava-se no 2º escalão de escrita, mas lia tão depressa como os colegas que se encontravam no 4º escalão de leitura.

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