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08/03/11

O simbolismo do espaço na escrita

Max Pulver (1889-1956), grafólogo suíço, desenvolve o conceito do simbolismo espacial e aplica-o à escrita.

Já Platão, no Timeu, se refere ao Kora, em que o ser (espaço) está acima, o estar (espaço concreto) está abaixo, o mito está à esquerda e o logos à direita.

Além da grafologia, muitos testes gráficos e projetivos (teste da árvore de Koch/Stora, teste da família de Corman, teste das estrelas e das ondas de Avé-Lallemant, teste da figura humana, teste da criança à chuva de Crocetti (inspirado no teste de uma senhora à chuva de Fay), teste da figura humana de F. Goodenaugh, teste da paisagem, teste de Wartegg, o teste de Rorschach) adotaram esta simbologia espacial na interpretação da personalidade.

Na grafologia, o simbolismo pulveriano aplica-se à página inteira, à palavra ou a uma simples letra.

Observemos, por exemplo, a palavra traje, onde o escrevente desenvolve alguns sectores.
O indivíduo pode sentir-se como que atraído/repelido por cinco vetores: acima, abaixo, ao centro, à esquerda e à direita.

  • Acima (zona superior – seta amarela) estão o dia, o céu, o bem, a imaginação, o intelecto, o espírito.

  • Abaixo (zona inferior – seta vermelha) estão a noite, a terra, o mal, o inconsciente, a sensualidade, a materialidade.

  • No centro (zona central – seta verde) estão o eu, o presente, o imediato, o sentimento, o autocontrolo.

  • À esquerda (zona inicial – seta azul) estão o princípio, o passado, a mãe, a origem, a introversão, a interioridade, a conservação, a regressão, o egoísmo.

  • À direita (zona final – cor castanha) estão o tu, o futuro, o fim, a extroversão, a sociabilidade, a iniciativa, a conquista, a atividade, a agressividade, a progressão.

3 comentários:

Rosane Tesch disse...

Há um juízo de valor nessa análise (colocação). Céu x Terra, Masculino x Feminino, Positivo x Negativo, não no sentido complementar, que é o que dá o equilíbrio do centro, mas no sentido de bom e mau. Isso é muito perigoso.

Afonso Henrique Maça Sousa disse...

Olá, Rosane,

Agradeço o seu comentário, mas aproveito para esclarecer o meu pensamento.
O que pretendi apresentar foi apenas um esquema, com é tradicionalmente aceite pela comunidade grafológica.
A sua aplicação a casos concretos é que pode ajudar a compreender tendências predominantes do indivíduo, não apenas no sentido de equilíbrio, mas também de possíveis desequilíbrios.

Anónimo disse...

EU NÃO ENXERGANDO OU NÃO TEM SETA ROSA?