NOVIDADES

12/03/09

Congresso de Grafologia

Momento animado, durante a intervenção das representantes dos USA
A Associação Grafológica Italiana (AGI), em colaboração com o Instituto Grafológico G. Moretti e com o patrocínio da Presidência da República e do Conselho de Ministros de Itália, realizou-se, nos dias 6, 7 e 8 de Março, no Palácio do Congressos de Florença, o 4º Congresso Internacional de Grafologia. O tema foi “Os jovens e a grafologia. Os motivos de um encontro”. O principal objectivo foi o debate entre especialistas de áreas científicas, como psicologia, pedagogia, neurologia, sociologia, filosofia, criminologia, recursos humanos, com os expoentes máximos das escolas de grafologia italianas e estrangeiras. E uma reflexão sobre o estado actual da grafologia, como ciência e como profissão.
Centenas de participantes tiveram a oportunidade de optar pelas línguas italiana, francesa ou inglesa, com tradução simultânea. Entre os representantes estrangeiros, estiveram presentes delegações de associações grafológicas dos Estados Unidos da América, de Israel, de França, de Inglaterra, da Bélgica, da Alemanha, de Espanha, do Brasil e, de Portugal, o autor desta página, a título individual.
O rigor da metodologia seguida proporcionou intervenções e debates muito enriquecedores. Por diversos oradores foram apresentadas pesquisas grafológicas, com a finalidade de contribuir para um melhor conhecimento da evolução da personalidade, das suas atitudes e potencialidades.
O intenso trabalho destes três dias consta no livro das actas do congresso, com 464 páginas, distribuído a todos os congressistas, em suporte papel e digital.
Clique neste endereço seguir um video do congresso:
Pensamentos dos oradores
  • Pode também aprender-se com a experiência, porém, nem todas as experiências são, por si próprias, educativas e formativas (Renato D. Di Nubila, prof. de Metodologia da Formação da Universidade de Pádua).
  • A grafologia é um instrumento de promoção humana (Lucilla Tonucci, psicoterapeuta, grafóloga e reeducadora).
  • Os desenhos das crianças e os seus testes gráficos contam histórias que não podem ser contadas por palavras (Dafna Yalon, grafóloga israelita).
  • A maior parte dos indivíduos disléxicos são também disgráficos, o inverso não é necessariamente verdadeiro (Lorenzo Lorusso, neurologista).
  • Mediante a expressão gráfica, a criança exprime o seu muno interior: emoções, vivências, afectos, motivações e avaliações ( Laura E. Prino, profª da Universidade de Turim).
  • Com a automatização do gesto, a escrita torna-se uma expressão espontânea, inconsciente, ... (Rosa Casilli).
  • As atitudes dos adultos são, portanto, muito importantes para os adolescentes que têm necessidade de destacar-se da imagem dos pais e ao mesmo tempo continuarem a reconhecer-se neles (Fiorella Monti, profª de Psicologia Dinâmica, da Universidade de Bolonha).
  • Através duma sequência de escritas "lindas" e "feias", a autora colocou em evidência a construção do sentido ético na adolescência ( Elena Manetti, grafóloga e presidente da Arigraf de Milão).
  • Na idade da puberdade, a maior parte das escritas das meninas (testadas) mostra uma tendência para a ordem como mecanismo de defesa (Sulamith Samuleit, grafóloga, investigadora da idade evolutiva, de Berlim).
  • A análise grafológica permite-nos definir com particular nitidez a ligação peculiar estabelecida entre dois (fenómeno do bulismo: vítima e agressor jovens) e as motivações profundas que produziram, em certo momento, a mudança no tipo de relações (Silvia Lazzari, psicoterapeuta, grafóloga e docente da Escola Superior de Grafologia Morettiana "Lamberto Torbidoni", Urbino).
  • É seguramente desejável que a grafologia possa entrar, com pleno direito, no contexto (educativo) das disciplinas oficiais (psicologia e pedagogia) ( Fiamma Bacher, directora escolar, grafoterapeuta, AGIF, Roma).
  • A grafologia pode ajudar os jovens a reconhecer as capacidades e pontencialidades a desenvolver, a orientá-los, de maneira consciente, na escolha dos estudos a prosseguir a nível dos ensinos secundário e superior ( Vicenza De Petrillo, professora, grafóloga).
  • A escrita, como faculdade de expressão, tem, atrás de si, uma história, um percurso que regista a evolução da pessoa, através da aquisição dum gesto pessoal e único (Francesca Bruscia).
  • O sinal que melhor releva a dificuldade de formar e de definir uma identidade própria é a desordem gráfica (Antonello Pizzi).
  • Vista numa perspectiva longitudinal, de facto, a grafia reflecte, de modo surpreendente, as variações evolutivas e, por vezes, regressivas, decorridas, constatáveis e visualizáveis, como numa espécie de filme (Paola Zanni).
  • A nível de auto-ajuda psicológica, a autobiografia desenvolve indubitáveis funções auto-lenitivas, terapêuticas e catárticas (Duccio Demetrio, professor de filosofia da educação, teoria e prática autobiográficas, da Universidade "Bicocca", Milão).
  • A escrita ajuda a decifrar o silêncio, a voz, o grito e a música da vida emocional (Ilda Mori e Maria Guida Toni, grafólogas, Instituto Toscano de Ciências Grafológicas, Florença).
  • A relação de uma geração com a nova reflecte sempre a relação consumada com a geração passada (Rocco Quaglia, professor de psicologia dinâmica, Universidade de Turim).
  • O teste das ondas e do céu estrelado (SWT) e a análise grafológica podem ser utilizados para compreender as crianças dos pontos de vista holístico, físico, social e mental (Patrícia Siegel, presidente da Sociedade Americana de Grafólogos Profissionais, Nova York; Martha Cohen, professora de pedagogia, da Universidade de Adelfos, Nova YorK).
  • A página, que é espaço de relações entre letras, entre palavras e entre linhas, torna-se espaço onde viver as relações com os outros (Anna Rita Guaitoli, grafóloga, Arigraf).
  • A formação escolar e a grafologia podem actuar sobre a construção da própria consciência e sobre a consolidação das motivações (M. Giovanna Mazzoni).
  • Os grafólogos devem fazer tudo para ocupar novamente um lugar central e bem visível no mercado de trabalho (Marie Thérèse Christians, grafóloga, secretária geral da ADEG, Bruxelas).
  • Sabemos que através da grafologia é possível individualizar as atitudes e as motivações profundas que estão na base da escolha escolar ou profissional (Alexandra Millevolte, grafóloga, docente de mestrado em consultoria grafológica pericial-judiciária e profissional, na Universidade de Urbino).
  • Através da análise da escrita, dentro das qualidades de empreendedor, obteremos, entre outras, indicações sobre propensão para o risco, capacidade de adaptação, capacidade organizativa e nível de autonomia ( Barbara Marconi, economista, grafóloga, vice-presidente da AGI).
  • A grafologia representa um modo de conhecer o indivíduo para lá do comportamento visível, permitindo, assim, captar a sua originalidade (Amparo Botella, presidente do Círculo Hispânico Francês de Grafologia, Madrid).
  • No processo de autoconhecimento do sujeito, a grafologia é o instrumento de suporte ideal, porque é discreto, profundo, orientado para a descoberta dos recursos, não é invasor e é personalizado (Carlo Merletti, grafólogo, docente da Escola Superior de Grafologia Morettiana "Lamberto Torbidoni", Urbino).
  • A organização deste 4º Congresso Internacional e a temática que foi dedicado demonstram uma elevada autoconsciência da AGI, na maneira de estar na mudança e de saber ligar, de modo avançado, os seus diversos eixos (Francesco Consoli, docente de Sociologia das Profissões, Universidade "La Sapienza", Roma).
  • O grafólogo encontra-se numa posição privilegiada para encorajar os próprios clientes a desenvolverem a compreensão das diferenças individuais (Nigel Bradley, estudioso de grafologia, docente de Marketing, Universidade de Westminster, Londres).
  • É essencial modificar a imagem que se tem da grafologia, expandindo o contexto e as potencialidades (Manuela Rita Paleo).
  • Em testes comparativos entre raparigas e rapazes dos 13 aos 18 anos, dos anos 70/80 e de hoje, as autoras concluíram que, actualmente, os jovens têm maior maturidade, socialização e adaptação, mas menor autonomia e motivação (Aline Verbist e Edith Hause).