Uma grande parte dos textos manuscritos apresenta algumas semelhanças, mas todos eles se distinguem por pequenas diferenças, porque a expressão gráfica expressa o temperamento (características emocionais), o carácter(valores, sentimentos e atitudes) e a inteligência (atenção, memória, adaptação, originalidade, raciocínio) de cada sujeito escrevente. Uma certa igualdade torna-se pertinente para que possa existir a compreensão e o diálogo entre os indivíduos e uma grande diferenciação é necessária para que ocorra a diferenciação e a individualização.
Apesar de toda a comunidade linguística partir do mesmo modelo de escrita, bem depressa cada escrevente o adapta e deixa nele as suas marcas pessoais, fruto de vivências únicas e de factores genéticos ímpares.
Desta forma, a análise da escrita constitui uma preciosa fonte de recursos para o discernimento de tendências fundamentais da personalidade, especialmente numa época em que os comportamentos individuais podem atingir repercussões universais.
Não obstante a enorme importância dos pequenos gestos na análise da escrita, não se pode fazer uma avaliação isolada destes, para que a árvore não esconda a floresta e se respeite a unidade na multiplicidade própria da personalidade humana do escrevente.
Neste ramo do saber é também válido o ditado “Os pormenores é que fazem a diferença”, porém, estes não podem ser avaliados isoladamente, mas globalmente e contextualizados.
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