A
assinatura reflete como o sujeito se vê a si mesmo (a sua autoimagem), perante
o seu meio ambiente, constituindo um marco identificativo do próprio eu em
relação ao ambiente.
As assinaturas a seguir apresentadas
pertencem à ex-ministra da Administração Interna, Maria Constança de Sousa e ao
primeiro-ministro, António Costa.
As assinaturas constam,
respetivamente, na carta do pedido de demissão da ex-ministra, em 17 de outubro
de 2017 e na nota à Comunicação Social do primeiro-ministro, em 18 de outubro
de 2017.
Assinatura de Maria Constança de Sousa
O pedido de demissão foi apresentado na sequência da tragédia dos graves incêndios que se desencadearam na zona centro do país.
Um relatório independente apontava para graves falhas a nível de recursos e proteção civil.
Um relatório independente apontava para graves falhas a nível de recursos e proteção civil.
Assinatura de António Costa
De um modo superficial e imediato, o que nos revelam as assinaturas destes dois políticos?
Comparando as duas assinaturas, verificamos que a primeira é constituída pelas letras iniciais maiúsculas que formam o nome da ex-ministra, enquanto a segunda assinatura contém todas as letras do nome por que é tratado o primeiro-ministro.
As maiúsculas iniciais da
ex-ministra são apresentadas, isoladamente, sob a forma de linhas simples e retas,
verticais e horizontais, evidenciando-se a formação de três ângulos retos. A autora aparenta
ter uma personalidade rigorosa, objetiva e dedicada, com escassa habilidade
política (no mau sentido do termo).
O nome e o apelido de António
Costa apresentam carateres irregulares e decrescentes, formando figuras semelhantes
a cunhas, em que não faltam laços, ganchos e serpentinas. São sinais de uma
personalidade taticamente hábil, capaz de dialogar e de reverter o discurso a
seu favor.
Aqui, o elemento feminino não evidencia
as clássicas linhas curvas da feminilidade, nem o elemento masculino apresenta
determinadas marcas próprias da masculinidade, como a rigidez e angulosidade do
traçado.
Adverte-se que a análise de uma
simples assinatura descontextualizada ou não integrada num texto manuscrito
pelo assinante, como se verifica neste caso, não permite extrair uma informação
precisa nem completa das tendências dos seus autores.
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