As crianças, no primeiro ano de escolaridade, segundo a norma da língua portuguesa, aprendem também a desenhar as letras maiúsculas tipográficas e caligráficas, mas não a utilizá-las correntemente. Escrever em maiúsculas é seguir um percurso mais difícil e menos económico. Os grafólogos costumam relacionar as letras minúsculas com a importância do eu do escrevente.
- Baixas representam modéstia, simplicidade, não desejar impor valores e nem critérios aos outros.
- Demasiado volumosas significam optimismo, entusiasmo, imaginação, exibicionismo e megalomania.
- Estreitas e altas expressam sentimentos de superioridade e ambição do poder.
- Largas e inchadas sugerem vaidade, valorização das aparências e deseja de se destacar.
- Ornamentadas exprimem necessidade de afirmação e vaidade intelectual.
- Caligráficas são próprias de pessoas convencionais e com pouca criatividade.
- Tipográficas reportam para Intuição e para a distinção entre o essencial e o acessório.
- Em espiral, diagnosticam diplomacia, estética, imaginação e egocentrismo.
- A escrita toda em maiúsculas exprime desejo de clareza, necessidade de destaque, problemas de auto-estima e possível sentimento de inferioridade.
Recordo o caso duma pessoa que costumava fazer as maiúsculas muito altas e passou a desenhá-las baixas, porque queria parecer menos autoritária. O seu inconsciente continuou a traí-la: a sua escrita não deixou de ser angulosa, as barras dos t permaneceram altas, a zona média continuou elevada e o ritmo tornou-se mais lento.
Todos somos diferentes. E a escrita pode expressar essas diferenças. E não será por modificarmos a letra que alteraremos as características da nossa personalidade.