As pernas formam a zona inferior da escrita, a zona do instinto, do biológico e das necessidades primárias. As letras que apresentam pernas são f, g, j, p, q, z e y. Na escola, as consoantes p e q são ensinadas a fazer sem bucle. Por isso, não é indiferente o formato com que cada escrevente as realiza. Aqui não se pretende esgotar todo o tipo de pernas, mas, apenas, dar exemplos significativos.
- Pernas que descem e sobem pelo mesmo traço (quando não pertençam ao modelo aprendido) remetem para o medo de confiar nos outros e de se magoar.
- Redondas na base indiciam sensualidade, desejo de chamar a atenção, alegria e diversão.
- Inchadas, moles, inclinadas para a esquerda reportam para ligação à mãe e desejo de permanecer criança (num grafismo com outros sinais de imaturidade).
- Prolongadas exprimem a necessidade de afirmação.
- Muito curtas (associadas a hastes também reduzidas) diagnosticam auto-controlo, moderação, pragmatismo, egoísmo, fingimento e submissão.
- Triangulares (em golpe de sabre) são sintoma de autoritarismo, de exigência, de combatividade, de espírito crítico, de exigência, de vivacidade e de energia dinâmica.
- Regressivas induzem displicência, desconfiança e frieza afectiva.
Quando as pernas e as hastes são tão curtas que a zona média parece a zona única, o escrevente está a dar prioridade ao eu íntimo, à emotividade e às relações com o meio.
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